07.1 Uso do BSP em caso de violência urbana e desenvolvimento de psicopatologia psicótica
Jonathan Ribeiro, Programa de Atendimento e Pesquisa em Violência (PROVE) – UNIFESP, Brazil
Relato de caso de um paciente que foi submetido a violência física e possivelmente sexual 10 anos atrás e que apresentava um quadro psicopatológico marcado por sintomatologia psicótica com diagnostico possível de esquizofrenia. Os tratamentos aos quais foi submetido (emd) nesse período de tempo não demostraram resultados satisfatórios no que diz respeito à remissão de sintomas. O BSP vem sendo aplicado desde novembro de 2014. O paciente vem apresentando até o momento, melhora parcial na sintomatologia psicótica, no contato social, resolução de problemas, mobilidade urbana, afazeres domésticos, cuidado e atenção com os filhos.
07.2 Benefícios do Brainspotting em atendimentos a emergências e desastres
Daniel Saito, Instituto Entrelaços – Grupo de Atendimento à Emergência, Brazil
O trabalho consistirá na apresentação de aplicações do Brainspotting em situações emergenciais, com pacientes envolvidos, direta ou indiretamente, em acidentes, catástrofes, desastres etc. O objetivo é mostrar como em ocasiões de trauma, em que o sujeito se encontra muito ativado, a utilização desta técnica tem se mostrado apropriada, por atuar diretamente nas camadas desse trauma, mobilizando os recursos internos da pessoa. Será feita a explanação do uso do Brainspotting tanto no período emergencial, como no pós-emergencial, mostrando como, no período emergencial, é possível ajudar na elaboração do trauma. E, como no pós-emergencial, o método pode até atuar, por exemplo, no processo de reabilitação de traumas físicos. O trabalho também abordará outro recurso importante nesse processo: a relação terapêutica, que se configura numa base segura para tantas incertezas geradas pelo trauma. Para concluir, haverá a exposição de resultados positivos já alcançados em processos de recuperação, que promoveram significativa melhora na qualidade de vida de pacientes, como lembrança e organização da sequência dos momentos do evento traumático, ativação de recursos internos de cura, qualidade do sono e redução da mobilização ao lembrar a situação traumática.
07.3 Braincoaching
Fabiana Souza, Fabiana Barbosa Psicoterapia e Coaching, Brazil
Objetivos: definir o conceito de coaching, discriminar os contextos nos quais o mesmo pode ser aplicado e os resultados que vem sendo atingidos na prática. Demonstrar e aplicar estratégias e ferramentas de coaching associadas ao Brainspotting como uma alternativa de atuação a terapeutas brainspotters e como uma estratégia para potencializar resultados com clientes posteriormente.
07.4 Brainspotting reconectando a vida à sua plenitude
Carla de Andrade, Clínica Saúde Batel, Brazil
O principal objetivo foi modificar a forma com que a paciente encarava as situações e fatos ruins e traumáticos do passado. Paciente de 19 anos, sofreu bullying. Foi considerada “esquizofrênica” e “depressiva””. Por conta disso tinha medo de si mesma, de se auto-conhecer; que fosse confirmado aquilo que as pessoas diziam. Abandonou os estudos aos 14 anos, teve internamentos. Iniciou tratamento psiquiátrico em 2009. Teve intoxicação medicamentosa, sofria com pesadelos. Relata que não conseguia chorar, que teve crises de auto-mutilação e estava em processo de bulimia.Durante o período de um ano e três meses de sessões foram muitos os desafios e grandes mudanças ocorreram. A mais marcante aconteceu quando, pela primeira vez saiu de casa sozinha, pegou ônibus e foi à consulta, o que classificou como “uma grande conquista”. Merecem destaque: diminuição das medicações, não se vê mais como vítima nem sente raiva das pessoas. Mais centrada, faz planos para o futuro. O Brainspotting proporcionou libertação dos fatos traumáticos, deu suporte e estrutura para que a paciente pudesse se sentir atualmente em equilíbrio e harmonia. Seu depoimento: “O primeiro passo para que é possível. Nós somos os responsáveis em mudar o dia de amanhã”. alcançar um final feliz é acreditar.