08.1 Remissão e melhora de sintomas de esclerose múltipla com o uso do Brainspotting
Elza Bourne, Private Practice, Brazil
Paciente de 48 anos, sexo feminino, com Esclerose Múltipla, com a primeira crise aos 22 anos. Quando iniciou o tratamento sofria fortes dores no corpo, ficando incapacitada para o trabalho por muitas vezes. Comecei tratamento com Brainspotting para tratar seu pânico de água e outros medos recorrentes com ótimos resultados. Após algum tempo ela me relatou que tinha esclerose e sofria com muitas dores no corpo, tinha dificuldade respiratória, devido à fibrose pulmonar, em função da esclerose. Já estava tratando do problema desde 1998 pela equipe da UNICAMP, especializada no seu problema, com uso de medicação. Seus problemas eram muito difíceis, no inverno sofria com telangiectasia, ferida nas pontas dos dedos. Com a utilização do Brainspotting, desapareceram as dores, e houve uma estabilização da fibrose pulmonar, inclusive a equipe disse a ela, que não sabia o que ela havia feito, mas ela melhorou muito, por isso eles suspenderam a medicação azatioprina que ela utilizava desde 2006, coisa que eles estavam tentando há anos, devido aos perigosos efeitos colaterais. O último inverno foi o primeiro que não teve feridas nas pontas dos dedos. A paciente está muito bem para surpresa de todos, voltou a atuar como psicóloga.
Cacilda da Costa, Associação Brasileira de Brainspotting, Private Practice, Brazil
Distúrbios do sono acometem muitas pessoas e podem estar associados a fatores psicológicos ou orgânicos. Para tratar o distúrbio do sono optou-se pelo Brainspotting. O objetivo foi analisar sua utilidade no tratamento de uma paciente jovem, com esclerose múltipla e queixa inicial de distúrbio de sono. Na avaliação utilizaram-se: Anamnese, Inventário de Ansiedade Beck (BAI), Inventário de Depressão Beck (BDI), Clinician Administered PSTD Scale CAPS, Escala Revisada de Impacto de Eventos. A análise dos resultados possibilitou identificar que a paciente, que trouxe como diagnóstico esclerose múltipla, apresentava trauma severo, relacionado a morte das avós, ansiedade de grau moderado para grave; grau leve de depressão e lembranças intrusivas relacionadas ao passado, ansiedade pela sua própria morte e de sua filha. Após a aplicação do Brainspotting houve diminuição da ansiedade e melhoria da qualidade do sono, comprovados com a reaplicação dos instrumentos. Conclui-se que o BSP pode ser utilizado como apoio na clínica terapêutica, pois permite o engajamento do paciente no processo de mudança e melhoria da qualidade do sono, com repercussões positivas na qualidade de vida.
Ubton Nascimento, Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, Departamento de Psicologia, Brazil
Margarida Couto, Instituto Superior Miguel Torga, Faculdade de Educação da Universidade de Coimbra, Portugal; Ana Galhardo, Instituto Superior Miguel Torga, Faculdade de Educação da Universidade de Coimbra, Portugal