Sessão 6 | André Monteiro, Paige Roberts e Stephen LaMotte

Esta apresentação sistematiza a parceria entre os Estados do Ego e o Brainspotting. Começa com uma breve apresentação sobre a abordagem dos estados do ego e sua adequação ao Brainspotting com pacientes com transtornos dissociativos. Em seguida, desenvolvemos a ideia da importância do Brainspotting multifocal para atender a complexidade inerente a esses casos clínicos.

Dois estudos de caso originais de brainspotting foram aplicados a um membro da Equipe de Esqui de Freestyle Mogul dos Estados Unidos de 23 anos de idade e um membro da Equipe de Esqui de Moguls dos Estados Unidos da Mulher de 24 anos. Ambos os atletas estavam tentando fazer a equipe de esquiadores dos Estados Unidos da Copa do Mundo de Freestyle Moguls. O homem neste estudo já havia feito a seleção da equipe da Copa do Mundo dos EUA 3 temporadas antes e perdeu seu lugar como resultado de um declínio no desempenho induzido por lesão esportiva. A fêmea neste estudo tinha literalmente “caído” sobre a linha de chegada na competição de seleções USST 3 temporadas anteriores. Como resultado, ela experimentou um bloqueio mental em torno de seleções e sentiu que iria cair sobre a linha novamente. Ambos os atletas procuraram uma intervenção psicológica esportiva no outono de 2014, em uma tentativa de serem nomeados para a equipe USST 2014-2015. Ambos participaram do Brainspotting antes e durante toda a temporada de esqui competitiva de 2014-2015. O homem neste estudo completou 39 sessões de BSP e a mulher neste estudo completou 19 sessões de BSP. Ambos os atletas fizeram a Seleção de Esqui Moguls dos Campeões do Mundo de 2014-2015 dos Estados Unidos. Este é um estudo de caso em curso e continuará a crescer à medida que os atletas construírem sua temporada competitiva de 2015-2016.

Posições diferentes dos olhos, identificadas como pontos de brainstorming, produzem valências emocionais clinicamente relevantes que desempenham um papel significativo no processamento psicológico. O protocolo Brainspot Mapping de 9 pontos pode ser usado para identificar a rica “arquitetura emocional” do cliente, identificando recursos e pontos de trauma. O cliente escuta a estimulação de áudio bilateral e é solicitado a focar o olhar em um ponteiro em nove posições dentro do campo visual, identificando sensações corporais e reações emocionais. 51 pacientes de psicoterapia concordaram em ter seus protocolos de mapeamento do cérebro incluídos no presente estudo. As respostas da posição dos olhos foram codificadas usando QUIRKOS, um software de análise de dados qualitativos que permite ao clínico identificar estados positivos, negativos, neutros, somáticos, intelectuais / avaliativos e dissociativos, que foram relatados com diferentes posições oculares. Resultados: olhar para a direita gerou mais afeto negativo, olhar para a esquerda gerou mais afeto positivo, olhar para cima foi mais emocionalmente neutro, e olhar para baixo à direita e centro foi associado com afeto negativo mais forte, dissociação e ativação somática. O achado mais significativo, entretanto, foi que dentro de cada sujeito, a informação clínica era extremamente rica e variada dependendo da posição do olho direito / esquerdo, sugerindo que o EMDR padrão pode estar ativando os pontos de cérebro que são altamente pré-carregados para um profundo processo integrativo.